História
A missão inicial do Banco Mundial, até então somente o BIRD, foi de financiar a reconstrução dos países devastados pela Segunda Guerra Mundial. Com o tempo a missão evoluiu para a de financiamento do desenvolvimento dos países mais pobres e de auxílio financeiro.
1945–1968
Desde a sua criação até 1967, o banco concedeu um nível de empréstimos relativamente baixos.
Conservadorismo fiscal e uma rigorosa seleção dos pedidos de empréstimos eram comuns. Os funcionários do Banco tentaram equilibrar as prioridades de conceder empréstimos para a reconstrução de desenvolvimento, com a necessidade de gerar confiança no Banco.
O presidente do Banco,
John McCloy, escolheu a
França como o primeiro receptor de ajuda proveniente do BIRD; outros dois pedidos da
Polônia e do
Chile foram recusados. O empréstimo foi no valor de 250 milhões de dólares, metade do valor pedido, e chegou sob condições restritivas. Técnicos do Banco Mundial monitoraram o uso dos fundos, assegurando que o governo francês apresentaria um orçamento equilibrado e que daria prioridade ao pagamento da dívida ao Banco sobre a com outros países. O
Departamento de Estado dos Estados Unidos disse ao governo de França que teria de retirar os membros
comunistas presentes no gabinete francês. O governo francês aceitou a condição dos norte-americanos e removeu os
Comunistas da
coalizão de governo. Horas mais tarde foi aprovado o empréstimo.
O
Plano Marshall de 1947 fez com os empréstimos se alterassem à medida que vários países europeus recebiam ajuda direta que competia com os empréstimos do Banco Mundial. O foco virou-se então para os países não-europeus e, até 1968, os empréstimos eram destinados a projetos que permitissem a um país devedor conseguir pagar o respectivo empréstimo (são exemplos projetos de
portos,
auto-estradas e usinas de energia).
1968–1980
Entre 1968 e 1980, o Banco preocupou-se em ir ao encontro das necessidades básicas das populações dos
países em desenvolvimento. O número e o montante dos empréstimos aumentou consideravelmente à medida que os respectivos objetivos se expandiram das infraestruturas para os serviços sociais e outros setores.
[carece de fontes]
Estas mudanças podem ser atribuídas a Robert McNamara, que foi nomeado para a presidência em 1968 por Lyndon B. Johnson. McNamara importou o estilo tecnocrático de gestão para Banco, que tinha usado enquanto Secretário de Defesa dos Estado Unidos e Presidente da Ford Motor Company. McNamara virou as políticas do Banco em direção a medidas tais como a construção de escolas e hospitais, o melhoramento da alfabetização e para uma reforma agrícola. McNamara criou um novo sistema de recolha de informação sobre os potenciais candidatos a empréstimo, permitindo ao Banco processar os pedidos mais rapidamente. Para financiar mais empréstimos, McNamara disse ao tesoureiro do Banco, Eugene Rotberg, para procurar novas fontes de capital fora dos bancos do norte dos Estados Unidos, que até então tinham sido a fonte primária de financiamento do banco. Rotberg usou o mercado de título a nível global para aumentar o capital disponível. Uma consequência do período de concessão de empréstimos para redução da pobreza foi a rápida ascensão da dívida do terceiro mundo. Entre 1976 e 1980, a dívida dos países em desenvolvimento cresceu a uma taxa média de 20% ao ano.
Em 1980, foi estabelecido o Tribunal Administrativo do Banco Mundial para tomar decisões sobre disputas entre o Grupo do Banco Mundial e os seus funcionários, tendo sido feitas alegações de não cumprimento de contratos de trabalho ou termos de nomeação que não foram honrados.
1980–1989
Em 1980,
A.W. Clausen substituiu McNamara depois de ter sido indicado pelo Presidente americano
Jimmy Carter. Clausen substituiu um grande número de técnicos da era McNamara e instituiu um novo foco ideológico no Banco. A substituição do Economista Chefe,
Hollis Chenery, por
Anne Krueger, em 1982, marcou uma notável mudança das políticas do Banco. Krueger era conhecida pelo ser um crítica do financiamento do desenvolvimento e de governos de países do terceiro mundo dependentes.
Os empréstimos aos países em desenvolvimento marcaram os anos 80. Políticas de
ajuste estrutural que visam a racionalização das economias de nações em desenvolvimento foram também grandes bandeiras do Banco Mundial neste período. A
UNICEF informou que no final dos anos 80 os programas de ajuste estrutural do Banco Mundial eram responsáveis pelos "níveis reduzidos de saúde, nutrição e educação para dez milhões de crianças na Ásia, na América Latina e na África"
1989–presente
A partir de 1989, a política do Banco Mundial mudou face às críticas vindas de vários grupos. Grupos ambientais e ONGs foram incluídos no financiamento do Banco de forma a mitigar efeitos do passado que desperta tão fortes críticas.
Membros
Poder de Voto
Em 2010, o poder de voto no Banco Mundial foi revisto para aumentar a voz dos países em desenvolvimento, especialmente a
China. Os países com maior poder de voto são, no momento, os
Estados Unidos (15,85%),
Japão (6,84%),
China (4,42%),
Alemanha (4,00%), o
Reino Unido (3,75%),
França (3,75%), e
Índia (2,91%). De acordo com as mudanças, conhecidas como 'Reforma da Voz - Fase 2', outros países que tiveram ganhos significativos incluíram
Coreia do Sul,
Turquia,
México,
Singapura,
Grécia,
Brasil,
Índia e
Espanha. O poder de voto da maioria dos países desenvolvidos foi reduzido, enquanto os países como
Nigéria,
Estados Unidos,
Rússia e
Arábia Saudita não tiveram seu poder de voto alterado.
As mudanças foram trazidas com o objetivo de tornar o voto mais universal no que diz respeito às normas, baseadas em regras com indicadores objetivos e transparentes, entre outras coisas. Além disso, o poder de voto é baseado na dimensão econômica para além das contribuições da Associação Internacional de Desenvolvimento.
Estratégias de Redição da Pobreza
Para os mais pobres
países em desenvolvimento do mundo, os planos de assistência do Banco são baseados em
estratégias de redução da pobreza, combinando uma mistura de grupos locais com uma extensa análise da situação financeira e econômica do país. O Banco Mundial desenvolve uma estratégia exclusivamente para o país em questão. O governo então identifica as prioridades do país e as metas para a redução da pobreza, enquanto o Banco Mundial alinha os seus esforços de ajuda.
Quarenta e cinco países se comprometeram a destinar 25,1 bilhões de dólares em "ajuda para os países mais pobres do mundo", ajuda que vai para a
Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA), do Banco Mundial, que distribui os empréstimos a oitenta países pobres. Enquanto as nações mais ricas, por vezes, financiam seus projetos de ajuda próprios, incluindo aqueles para doenças, e embora a IDA é alvo de muitas críticas, Robert B. Zoellick, presidente do Banco Mundial, disse que quando os empréstimos foram anunciados em 15 de dezembro de 2007, o dinheiro da IDA "é o financiamento de base do qual os mais pobres países em desenvolvimento dependem".
Incentiva Ar Limpo
Clean Air Initiative (CAI) é uma iniciativa do Banco Mundial para promover formas inovadoras para melhorar a qualidade do ar nas cidades através de parcerias em regiões selecionadas do mundo através da partilha de conhecimentos e experiências. Ele inclui
veículos elétricos.
Grupo Banco Mundial
Deve-se saber distinguir o Banco Mundial do Grupo Banco Mundial. O Banco Mundial propriamente dito é composto pelo BIRD e pela AID, que são duas das cinco instituições que compõem o Grupo Banco Mundial.
As cinco instituições estão estreitamente relacionadas e funcionam sob uma única presidência. São elas:
O BIRD proporciona empréstimos e assistência para o desenvolvimento a países de rendas médias com bons antecedentes de crédito. O poder de voto de cada país-membro está vinculado às suas subscrições de capital, que por sua vez estão baseadas no poder econômico relativo de cada país. O BIRD levanta grande parte dos seus fundos através da venda de títulos nos mercados internacionais de capital. Juntos, o BIRD e a AID formam o Banco Mundial.
Desempenha um papel importante na missão do Banco que é a redução da pobreza. A assistência da AID concentra-se nos países mais pobres, aos quais proporciona empréstimos sem juros e outros serviços. A AID depende das contribuições dos seus países membros mais ricos - inclusive alguns países em desenvolvimento - para levantar a maior parte dos seus recursos financeiros.
A IFC promove o crescimento no mundo em desenvolvimento mediante o financiamento de investimentos do setor privado e a prestação de assistência técnica e de assessoramento aos governos e empresas. Em parceria com investidores privados, a IFC proporciona tanto empréstimos quanto participação acionária em negócios nos países em desenvolvimento.
AMGI ajuda a estimular investimentos estrangeiros nos países em desenvolvimento por meio de garantias a investidores estrangeiros contra prejuízos causados por riscos não comerciais. A AMGI também proporciona assistência técnica para ajudar os países a divulgarem informações sobre oportunidades de investimento.
O CIADI proporciona instalações para a resolução- mediante conciliação ou arbitragem - de disputas referentes a investimentos entre investidores estrangeiros e os seus países anfitriões.
Presidência
O presidente do Banco Mundial é tradicionalmente um cidadão dos
EUA, enquanto que o presidente do
Fundo Monetário Internacional (FMI) é tradicionalmente um
europeu, com exceção da cidadã estado-unidense
Anne Krueger, que manteve o posto no FMI até que um novo diretor fosse nomeado. Excepcionalmente em primeiro de julho de 2012 assumirá o sul coreano Jim Yong Kim. A nominação do presidente do Banco Mundial pelo governo dos Estados Unidos não é passível de discussão, e sua aceitação pelos europeus ou outros países membros não é requerida.
Presidentes do Banco Mundial
1.
O Presidente do Banco Mundial é tradicionalmente um cidadão norte-americano. Wolfensohn era um cidadão naturalizado nos Estados Unidos antes de assumir o cargo..