As Esferas Terrestre


Atmosfera


O termo Hidrosfera vem do grego: Atmo = vapor, gás + sfaíra = esfera, ou seja, esfera do gás. Corresponde a uma camada gasosa que envolve a Terra no qual protege do choque contra os corpos celestes, filtra os raios solares e retém parte parte do calor absorvido pelo planeta.
Costuma-se dividir a atmosfera em quatro camadas:
  • Troposfera – camada em que a humanidade mantém contado direto.
  • Estratosfera – é nessa camada que encontra-se a maior parte do gás ozônio.
  • Mesosfera – também possui o gás ozônio, mas é uma região pouco conhecida.
  • Ionosfera – protege a Terra contra choques com outros corpos celestes.
Litosfera




O termo Litosfera vem do grego: Lithos = pedra, sólido + esfera, ou seja, esfera sólida. Corresponde a parte sólida da superfície terrestre basicamente constituída por rochas e solo. Sua estrutura interna pode ser dividida em:
  • Crosta terrestre – é camada superficial da Terra, a parte onde vivemos.
  • Manto – fica abaixo da crosta terrestre e é constituída por magma, material de consistência pastosa proveniente de rochas derretidas.
  • Núcleo – localiza-se na parte central da Terra e pode ser divido em duas partes: núcleo externo (constituído de ferro e níquel derretido) e núcleo interno (constituído principalmente de ferro sólido).

Hidrosfera


O termo Hidrosfera vem do Grego: Hidro = água + esfera, ou seja, esfera da água. Compreende a todas as águas existentes no nosso planeta. Essas águas podem ser classificadas em oceânicas e continentais.
Hidrosfera
  • Águas oceânicas – corresponde aos oceanos no qual são divididos em: Pacífico, Atlântico, Índico e Glacial Ártico. Nessa categoria inclui-se, também, os mares.
  • Águas continentais – são águas que escorrem ou acumulam na superfície da terra, representados pelos rios (fluviais), lagos (lacustre) e geleiras (glaciais).

  • BIOSFERA: a ”teia da vida”


A biosfera é o espaço da vida que envolve o planeta Terra. Seu limite superior é a camada de ozônio, situada a 14 km de altura no equador e aproximadamente a 7 km dos pólos; camada essa que protege os seres vivos da radiação ultravioleta do sol. Seu limite inferior varia desde os primeiros centímetros de profundidade do solo, junto à sua superfície, até o fundo do oceano (aproximadamente 10 km).
A Biosfera como espaço de vida do planeta é muito pequeno, e pode ser considerado como uma lâmina bastante estreita que envolve a Terra, como se tratasse de uma folha de papel se compararmos sua espessura com o volume total do planeta.

Principais constituintes

Embora seja uma película bastante estreita, a Biosfera apresenta uma estrutura bastante complexa e dinâmica: sua composição varia continuamente pois é o resultado da atividade biológica que nela se realiza permanentemente há milhares de anos.
Entre as quais as atividades antrópicas (do homem) que de forma bastante rápida, especialmente nestes últimos 50 anos, muito lhe tem influenciado. Fisicamente a Biosfera está composta de três partes: a hidrosfera (água, ambiente líquido: rios, lagos, mares), a litosfera (parte sólida da terra acima do nível das águas: rochas, solo) e a atmosfera (camada de gás que envolve a terra: ar e seus componentes).
Seus elementos fundamentais (água, solo e ar), junto com a energia do sol (energia radiante) constituem a vida no planeta tal como a conhecemos, manifestada tanto na forma animal como vegetal.
A posição do nosso planeta com relação ao sol fornece condições únicas propícias para a existência da vida, pelo menos da forma como nós a conhecemos e percebemos. A biosfera fornece as condições de uma verdadeira estufa (daí o nome do fenômeno efeito estufa), uma vez que permite a união ideal entre temperatura e água de forma constante e em quantidade ideal para a manifestação das diversas formas de vida animal e vegetal.
De um lado, a atmosfera com seus elementos – incluindo a camada de ozônio – nos protege da entrada da parte nociva da radiação solar (radiações ultravioletas) e não deixa escapar o calor que é desprendido do solo depois que o sol se põe (atua como um manto protetor).
De outro, o vapor que é desprendido da hidrosfera (mares, lagos, rios, etc) também é aprisionado debaixo deste manto e diariamente é transformado novamente em água pelo processo de condensação (quando este vapor de água sobre e encontra o frio das camadas superiores da atmosfera) transformando-se em chuva que, deste modo, enchem novamente os mananciais de água, num ciclo continuo e interminável que conhecemos como ciclo hidrológico.
Estas características permitem afirmar que nossa Biosfera é única no Universo, pois este conjunto de fenômenos é exclusivo do nosso planeta. Isto não significa que não exista vida em outros planetas, outras biosferas, mas dificilmente serão similares as formas de vida que aqui dispomos.

A formação da terra e da biosfera

A história da biosfera, portanto, se confunde com a história do nosso planeta e com a própria história do Universo, cuja teoria de formação mais aceita é do Big Bang - a Grande Explosão.
Há 15 bilhões de anos atrás uma quantidade formidável de matéria, até então concentrada num ponto imaginário, explodiu e a partir de então, em processos contínuos de expansão e condensação, por 11 bilhões de anos passou a formar as galáxias (conjunto de estrelas).
Ao redor destas estrelas, processou-se a formação de planetas, a exemplo do nosso – planeta Terra – que se formou ao redor da estrela que conhecemos como sol, formando junto com os demais nove planetas o nosso Sistema Solar, pertencentes a galáxia chamada Via Láctea.
Estima-se em 4,6 bilhões de anos o início da formação de nosso planeta, e a Biosfera um pouco depois (3,5 bilhões de anos) atingindo as características que permitiu o aparecimento de todas as espécies que conhecemos somente há um bilhão de anos atrás com a formação da camada de ozônio.

A Biosfera e os Ecossistemas

A Biosfera como o espaço total de vida da Terra, poder ser considerado o maior sistema que representa o planeta. Este termo foi utilizado pela primeira no séc. XIX pelo geólogo austríaco Eduard Suess. Um sistema é um conjunto de partes que interagem entre si.
Em 1934, um pesquisador inglês – Tansley – propôs o conceito de Ecossistema para designar um determinado ambiente povoado por seres vivos e ao mesmo tempo o conjunto de seres vivos que povoam este mesmo ambiente. Desta forma os ecossistemas podem ser considerados as unidades funcionais básicas da Biosfera.
Resultam de um conjunto de fatores bióticos (seres vivos) e de fatores abióticos (meio físico/químico) que interagem de forma inseparável, num dado local, promovendo uma ciclagem de materiais entre componentes vivos e não vivos.
Assim, cada local do planeta, em função de suas características próprias oriundas das interações entre solo, água, ar e energia do sol, apresenta manifestações peculiares de vida, que constituem por sua vez distintos ecossistemas. Com este entendimento considera-se, portanto, a Biosfera como o resultado da interação entre todos os ecossistemas do planeta.
Os agrupamentos sociais e o conjunto das atividades humanas conferem características adicionais aos ecossistemas naturais, com inúmeras outras interações fruto dos aglomerados e atividades econômicas sejam nas cidades (ecossistemas urbanos) ou no campo (agroecossistemas).

A teia da vida

Ao apresentar o conceito de Ecossistema Tansley deixou também o entendimento de que nenhuma espécie vive sozinha: O ecossistema é um conjunto de seres vivos mutuamente dependentes uns dos outros e do meio ambiente no qual eles vivem.
Este conceito evidencia a interdependência dos seres vivos, uma vez que todas as formas de vida, das mais simples às mais complexas, não existem isoladamente na natureza.
Na natureza todos os seres vivos interagem permanentemente entre si, constituindo um sistema onde cada um contribui à vida dos demais e destes se nutrem.
Cada ser fornece e recebe matéria prima para os outros, tornando-se assim a vida possível para todos. É a idéia da teia da vida, retomada mais recentemente por vários autores. A partir desta metáfora, do símbolo da teia, tecido ou rede, se pode entender a vida como resultado de uma trama resultante da interação de partes (fios) que se unem para construir um todo diferente e novo.
Os sistemas vivos – os ecossistemas – resultam de um processo similar ao ato de tecer, como se fora uma rede, cujas uniões (relações) entre os nós são mais importantes que estes.
Os nós da rede são importantes, mas sempre serão resultantes das conexões estabelecidas entre si: o fortalecimento da rede será o resultado da qualidade das relações entre os nós.
Por isso, dize-se que a biosfera é um sistema complexo (do latim – complexus: o que é tecido junto) e que para entender os sistemas vivos é necessário o pensamento complexo, de modo a se enxergar o conjunto, o todo, o sistema completo, a biosfera, a teia da vida.

    Há na terra uma faixa de acerca de 20 Km, vai das mais altas montanhas aos mais profundos oceanos, que se pode chamar de moradia da natureza.
    Essa faixa, a biosfera, é ocupada pelos mais diversos ecossistemas terrestres (florestas, campos, desertos, etc.), marinhos e de água doce.
    Ecossistemas, você já sabe, são constituídos por fatores não-vivos, como água, ar, solo, luz e temperatura; e por uma parte viva, composta pelas diferentes populações de seres vivos.
    Tanto a parte viva como a não-viva mostram uma enorme diversidade de formas, tamanhos, cores e associações.
    Assim, cada ambiente tem suas próprias características quanto aos tipos de rochas, de solos, de plantas, de animais e de microorganismos.


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