Pangea
Designa-se por Pangeia o continente que, segundo a teoria da deriva continental, existiu até há 200 milhões de anos, durante a era Mesozoica, porém, há relatos também de 540 milhões de anos. A palavra origina-se do fato de todos os continentes estarem juntos (pan do grego, pâs, pâsa, pân, todo, inteiro) e exprime a noção de totalidade, universalidade, formando um único bloco de terra (gea) ou Géia, Gaia ou Ge como a Deusa que personificava a terra com todos os seus elementos
Milhões de anos se passaram até que a Pangeia se fragmentou, dando origem a dois mega-continentes. Separação esta que ocorreu lentamente e se desenvolveu deslocando sobre um subsolo oceânico de basalto.
A parte correspondente à América do Sul, África, Austrália e Índia, denomina-se Gondwana (região da Índia). O resto do continente, onde estava a América do Norte, Europa, Ásia e o Ártico se denomina Laurásia.
A Pangeia era cercada por um único oceano Pantalassa.[1] Foi inicialmente sugerida a hipótese no início do século XX pelo meteorologista alemão Alfred Wegener, criando uma grande polêmica entre a classe científica da época. Wegener teve como ponto de partida de sua teoria os contornos semelhantes da costa da América com a da África, os quais formariam um encaixe quase perfeito. Entretanto, não foi utilizado este fato na sua fundamentação científica, mas a comparação dos fósseis encontrados nas regiões brasileira e africana. Como estes animais não seriam capazes de atravessar o oceano na época, então concluiu-se que eles teriam vivido em mesmos ambientes em tempos remotos.
Esta teoria não foi aceita, sendo até ridicularizada pela classe científica. Foi confirmada somente em 1940, após 15 anos da morte de Wegener.
Camadas da Terra
O planeta Terra em toda sua dimensão esférica possui várias camadas que variam quanto sua composição química e física, essas camadas estão divididas em:
Crosta: É a parte mais superficial, a primeira camada, basicamente é formada por composição de granito nos continentes e basalto nos oceanos, essa camada é onde desenvolve a vida, a espessura é de 5 a 70 km.
Manto: Segunda camada da Terra, formada por minerais, como o silício, ferro e magnésio, sua temperatura varia de 100o Celsius a 3500o Celsius, a profundidade pode variar conforme a localização: oceano ou continente (30 km a 2900 km)
Núcleo: O núcleo corresponde a 1/3 da massa da Terra e contêm basicamente elementos metálicos (ferro e níquel), o núcleo é dividido em núcleo interno e externo, sendo que os dois possuem um raio 1.250 km, as temperaturas são altíssimas, 5.000oC.
Ainda dentro das três divisões existem subdivisões:
Litosfera: é uma fina camada da terra composta por rochas e solos onde desenvolve a vida.
Astenosfera: Profundidade entre 60 a 400 km da superfície terrestre, faz parte do manto superior e é composta por rochas fundidas dentro dessa estrutura predominantemente sólida.
Mesosfera: É uma larga camada sólida, com densidade muito superior a das rochas encontradas na superfície terrestre.
Placas Tectônicas
De acordo com a teoria da Deriva Continental, a crosta terrestre é uma camada rochosa descontinua, apresentando vários fragmentos, denominadas placas litosféricas ou placas tectônicas. Essas placas compreendem partes de continentes e o fundo dos oceanos e mares.
Portanto, as placas tectônicas são gigantescos blocos que integram a camada sólida externa da Terra, ou seja, a litosfera (crosta terrestre mais a parte superior do manto). Elas estão em constante movimentação (se movimentam sobre o magma do manto), podendo se afastar ou aproximar umas das outras, esses processos são classificados em:
Zonas de divergência – as placas tectônicas afastam-se umas das outras.
Zonas de convergência – as placas tectônicas se aproximam, sendo pressionadas umas contra as outras. Esse fenômeno pode ser de subducção ou obducção.
Subducção – as placas movem-se uma em direção a outra e a placa oceânica (mais densa) “mergulha” sob a continental (menos densa).
Obducção ou colisão – choque entre duas placas na porção continental. Acontece em virtude da grande espessura dos trechos nos quais estão colidindo.
Esse movimento das placas tectônicas altera lentamente o contorno do relevo terrestre, elevando cordilheiras e abrindo abismos marinhos. Outra consequência desse fenômeno (causado pelo encontro das placas) são os terremotos e tsunamis (ondas gigantescas). Em 2004, no oceano Índico, um terremoto de 9,3 pontos na escala Richter provocou um tsunami que ocasionou a morte de mais de 230 mil pessoas.
Os movimentos das placas tectônicas foram comprovados através de pesquisas realizadas com satélites artificiais. Foi detectado, por exemplo, que a América do Sul afasta-se 3 cm por ano do continente africano.
As principais placas tectônicas são: Placa do Pacífico, Placa de Nazca, Placa Sul-Americana, Placa Norte-Americana, Placa da África, Placa Antártica, Placa Indo-Australiana, Placa Euroasiática Ocidental, Placa Euroasiática Oriental, Placa das Filipinas.
Tsunami no Japão - 11/03/2011
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