Sensoriamento Remoto

O SENSORIAMENTO REMOTO:
A DEMOCRATIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES

Nunca a superfície do nosso planeta esteve tanto à disposição do olho humano como atualmente. Nunca tantos puderam conhecer essa área em detalhes, como agora. Na internet, um programa específico (Google Earth) dá acesso ao cidadão comum a praticamente toda a superfície terrestre, com um nível de detalhe que permite até identificar nossas ruas e casas. Isso é extraordinário e novo. Se tal informação está disponível ao cidadão comum, obviamente outras, mais sofisticadas, estão sob o controle de agentes sociais poderosos, como os Estados (órgãos especializados), institutos de pesquisas e grandes empresas. Que meios permitem essa ampliação do olho humano sobre o seu planeta? O sensoriamento remoto é a tecnologia que consegue apreender o espaço a distância.

A tecnologia que mais revolucionou recentemente essa apreensão do espaço a distância foi a imagem de satélite. São elas que abastecem o Google Earth e também permitem, por exemplo:
  • acompanhar os fenômenos atmosféricos; 
  • monitorar desmatamentos e queimadas; 
  • identificar inimigos em situação de guerra e alvejá-los com mísseis. 
Seus usos podem multiplicar-se, sua aplicação científica é imensa, em especial para estudar fenômenos geográficos. As imagens de satélite podem nos dar a localização deles e ser base importante para produzir mapas.


Elas são instrumentos de controle territorial, logo, se associam às formas de poder e a diversos interesses. Alguns países e algumas empresas dominam essas tecnologias, enquanto outros não, e isso é um problema. Um exemplo já bastante conhecido é o constante monitoramento remoto sofrido pelo Brasil com relação à diversidade biológica da Floresta Amazônica, assim como as informações privilegiadas que os EUA conseguem com relação ao território iraquiano, o que favorece o controle daquele país sobre as áreas de petróleo.

Mas, como foi ressaltado anteriormente, esse conhecimento está deixando de ser monopólio apenas dos poderosos. Discutir, no universo escolar, como funciona o sensoriamento remoto é um passo na democratização de suas informações, um elemento de desenvolvimento de competências e um ingrediente de constituição de cidadania.




Satélites Geoestacionários: ão satélites que se encontram aparentemente parados relativamente a um ponto fixo sobre aTerra, geralmente sobre a linha do equador. Como se encontram sempre sobre o mesmo ponto da Terra, os satélites geostacionários são utilizados como satélites de comunicações e de observação de regiões específicas da Terra, como o satélite GOES-8.



Satélite orbital: Satélite pode ser natural ou artificial, o termo orbital faz referencia ao fato dele girar em torno de um astro maior devido a ação gravitacional. O trajeto pode ser elíptico ou circular.